"O cotidiano será, um dia ou outro, a escola da desalienação" (Milton Santos)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Formatura da Turma Carlos Marighella


       No dia 29 de junho de 2012, o coletivo da Escola Milton Santos teve a alegria de festejar a solenidade de formatura da Turma Carlos Marighella, 4ª. Turma do Curso Técnico de Agroecologia da escola. O curso, na modalidade integrado ao ensino médio/PROEJA (Educação de Jovens e Adultos), teve duração de março de 2010 a junho de 2012. Formaram-se 21 educandos, de todas as regiões do Paraná, e cerca de 300 pessoas estiveram presentes na comemoração, entre familiares, educadores e amigos.



Nome de Turma: CARLOS MARIGHELLA
       A história da América Latina é uma história de injustiça e exploração. Mas é também – e, sobretudo – a saga da resistência de homens e mulheres que, ao longo de cinco séculos, deram suas vidas no combate aos usurpadores das riquezas do continente.
         Também guiado pela convicção na justiça social – e sob a bandeira do socialismo- o brasileiro Carlos Marighella procurou transformar de forma radical a realidade sócio- econômica do nosso país- Brasil.
Carlos Marighella nasceu em Salvador (BA), em 5 de dezembro de 1911.       A figura de Carlos Marighella não permite os concensos fáceis. Seu legado incomoda, inquieta, aguilhoa. À direita , aos poderosos, porque difunde o exemplo da luta revolucionária,conduzida com radicalidade da forma e do conteúdo. À esquerda, porque exige  o constante estudo e prática revolucionária.
Marighella é complexo, rico na disposição de luta e de pensar a realidade brasileira, decidido em ir ás últimas consequências na ação revolucionária, mas terno, amoroso, apaixonado por sua terra e sua gente.  Teve uma longa trajetória de luta e dedicação.
As idéias de Marighella não morreram com ele. Sua experiência acumulada em quarenta anos de atividade política foi registrada em textos que percorreram o mundo. Na noite de 4 de novembro de 1969,Marighella foi covardemente assassinado numa emboscada da Alameda Casa Branca, em São Paulo.

Banner da turma.

                                                                          
Carta enviada pela Companheira
 do Militante Carlos Marighella, Clara Charf
Estimados companheiros estudantes e professores da Escola Milton Santos,

Seria para mim uma grande alegria estar com vocês nesta formatura que homenageia o companheiro Carlos Marighella.
Não podendo estar presente nesta solenidade, quero lembrar junto com vocês o valor, a dedicação, a luta pelos ideais da liberdade, do socialismo que marcaram sempre a vida de Marighella, desde os tempos de estudante até quando foi covardemente assassinado pela ditadura militar em 69.
Marighella pautou sua vida pelo amor ao estudo, pela solidariedade com nossos irmãos do campo e da cidade, com os oprimidos do nosso país e dos povos irmãos. Poeta, militante, deputado, solidário sempre com as causas da liberdade e da igualdade entre os povos, são marcas inesquecíveis da sua personalidade.
Que o exemplo de vida de Carlos Marighella nunca se perca e seja para vocês como um farol iluminando vossa jornada.
Recebam meu afetuoso abraço. Parabéns a todos e todas.

Clara Charf

Rio de Janeiro, 29 de junho de 2012.

COMPROMISSOS DOS MILITANTES-TÉCNICOS-PEDAGOGOS COM AS COMUNIDADES DO CAMPO E O MOVIMENTO SOCIAL:


Nós formandos técnicos em agroecologia turma Carlos Marighella assumimos aqui o compromisso perante á todos os presente.

A) comprometemo-nos em praticar o “diálogo de saberes” como troca de experiências valorizando o saber popular na atuação técnico-militante-pedagogo em agroecologia na construção do projeto popular e soberano.

B) comprometemo-nos pautar o debate da produção agroecológica e seu desenvolvimento, buscando a soberania alimentar das famílias nos assentamentos de reforma agrária e sociedade local.

C) comprometemo-nos lutar contra qualquer forma de injustiça e exploração do ser humano e da natureza.

D) comprometemo-nos conquistar espaço na sociedade e lutar por politicas publicas que sejam viáveis a produção em base agroecológica nos nossos territórios.  




FORMANDOS:

1 - André Carlos Barreto de Oliveira – Congonhinhas/PR.
2 - Daniele Pereira – Altamira do Paraná/PR.
3 - Diego Fernando Martins Almeida – Quinta do Sol/PR.
4 - Edson Fortunato de Souza – Terra Rica/PR.
5 - Eduardo Alves Amaro – Ortigueira/PR.
6 - Eliane Ribeiro Pinto – Londrina/PR.
7 - Francismar José Gonçalves - Ortigueira/PR.
8 - Jeane Aparecida Soares da Silva – Luisiana/PR.
9 - José Eraldo Korczak – Peabiru/PR.
10 - Josue Roque – Terra Rica/PR.
11 - Márcio Antonio Proença - Ortigueira/PR.
12 - Mauricio Antonio de Paiva – Congonhinhas/PR.
13 - Marcos Francis Vilela – Altamira do Paraná/PR.
14 - Natália da Silva – Mariluz/PR.
15 - Nivaldo Domingues – Bituruna/PR.
16 - Patricia Balbinotti – Boa Ventura de São Roque/PR.
17 - Rosely dos Santos Maia – Maringá/PR
18 – Silvio Duarte da Luz – Cascavel/PR.
19 – Tiago Aparecido Placidino – Londrina/PR
20 – Valdevino Benedito do Silva - Congonhinhas/PR.
21 – Wesley Fernando Maciel - Congonhinhas/PR.

RONDÓ DA LIBERDADE

Carlos Marighella                  

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que revoltam contra a escravidão.
Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
O homem deve ser livre...
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir até quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.

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