"O cotidiano será, um dia ou outro, a escola da desalienação" (Milton Santos)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Tecnologias em Energias Renováveis


          O trabalho com energias renováveis teve início na Escola Milton Santos em 2002, quando pesquisadores do Grupo de Cooperação do Campus de Terrassa-GCCT, da Catalúnia, Espanha, que estavam trabalhando na COPAVI num secador solar de frutas, fizeram uma visita à escola, onde implementaram alguns equipamentos simples. Em 2004, após nova visita do GCCT, um integrante do coletivo da escola foi convidado a fazer um treinamento na Espanha, passando 9 meses em atividades de capacitação. O grupo retornou novamente em 2005, e uma parceria foi firmada para a capacitação de outro membro do coletivo, o técnico em agroecologia Sidnei Apolinário, que, juntamente com integrantes de outras escolas do MST, participou de um curso em regime de alternância no Paraguai, entre 2006 e 2007, no Centro de Engenharia e Desenvolvimento em Energias Renováveis-CEDSOL.
        Fruto desse trabalho que já completa 8 anos, estão em funcionamento hoje na escola os seguintes equipamentos e bioconstruções: 
  

1. Aquecedor solar – um conjunto complexo aguarda ser reinstalado no banheiro coletivo, reformado recentemente; nas casas dos moradores permantes, foram instalados vários conjuntos feitos com materiais alternativos, como garrafas pet.


 2. Cozinha solar – consiste numa panela em que se podem cozer alimentos por meio da energia solar. As mais recentes foram confeccionadas com materiais alternativos, como papelão e madeira.


3. Desidratador solar de plantas medicinais e frutas.


4. Biodigestor  –  equipamento usado para a produção de biogás (cerca de 75% de dióxido de carbono e 25% de gás metano), em que bactérias digerem matéria orgânica (neste caso, esterco bovino) em condições anaeróbicas. Atualmente existem dois biodigestores na escola, um destinado a abastecer o fogão da cozinha coletiva, e outro instalado próximo a uma das casas dos moradores permanentes da escola.



5. Aquecimento de água por meio de serpentina, no fogão à lenha da cozinha coletiva.
 
   
6. Painel fotovoltaico - aproveitamento de energia solar para geração de energia elétrica, instalado em uma das casas dos moradores permanentes.


7. Círculo de bananeiras - para tratamento de água cinza nos banheiros coletivos, lavanderia, refeitório  e horta (local de limpeza das verduras), além de uma casa.

8. Captação de água da chuva - a escola dispõe de um sistema de calhas para captar água da chuva em 2.800 m2  de telhado, armazenando-a em duas cisternas, com capacidade total de 510.000 litros. Atualmente, o sistema está desativado, aguardando reformas.

 
Vista exterior de uma das cisternas.

Vista do bloco de alojamentos, com as calhas de captação.


9. Vassouras feitas com garrafas pet.

10. Banheiro seco -  trata-se de um banheiro ecológico em que os dejetos  não são misturados à água potável, mas sim a materiais secos (aparas de grama, palhadas, etc.), resultando na compostagem do material, que se torna assim livre de patógenos e um excelente fertilizante.


Em função da experiência que vem acumulando, o técnico em agroecologia Sidnei Apolinário já ministrou aulas em diversos cursos e oficinas fora da EMS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário