As Jornadas de Agroecologia são
parte de um processo de articulação das organizações que promovem a
agroecologia e a luta permanente contra o projeto das empresas transnacionais
do agronegócio. Iniciaram em 2002, na cidade de Ponta Grossa no Paraná, e por
mais duas edições, em 2003 e 2004, seguiram denunciando o avanço do agronegócio
no campo brasileiro. Em 2005, a 4ª Jornada de Agroecologia aconteceu na cidade
de Cascavel, região oeste do Paraná, com objetivo de alertar a toda a população
e os participantes, sobre o projeto das transnacionais para dominação do campo
brasileiro a partir da produção de transgênicos e o uso abusivo de agrotóxicos.
As três edições seguintes da Jornada, de 2006 a 2008, permaneceram na cidade de
Cascavel, avançando nas atividades de intercâmbio de experiências e estudos sobre
práticas agroecológicas.
As 8ª e 9ª edições da Jornada aconteceram na região sudoeste do
estado, na cidade de Francisco Beltrão, em 2009 e 2010, com o objetivo de fomentar
a participação da agricultura camponesa no debate da agroecologia e seguir
dando continuidade na construção do Projeto Popular para o Brasil. Em 2011 e
2012, a Jornada aconteceu em Londrina, ressaltando o grande movimento
agroecológico, de lutas dos povos contra a mercantilização da vida, que se comprometem
em construir uma nova sociedade, sustentável e capaz de satisfazer as
necessidades fundamentais e assim garantir os direitos das gerações futuras.
Na abertura, a presença das bandeiras das organizações e movimentos
populares que promovem e contribuem na organização da Jornada.
populares que promovem e contribuem na organização da Jornada.
Seguindo em sua caminhada, agora no processo de construção de sua 12ª edição, as organizações escolheram para acolher os participantes, um centro de formação em agroecologia dos movimentos sociais populares do campo, a Escola Milton Santos, em Maringá.
Detalhe do mural que está sendo pintado na Escola Milton Santos pelo
artista plástico popular Acir Batista, especialmente para a Jornada de Agroecologia.
As edições da Jornada tem um público médio de 4 mil participantes, de diversos movimentos sociais, organizações populares, técnicos, acadêmicos, pesquisadores, profissionais da saúde, educação e segue fortalecendo a unidade política entre o campo e a cidade. As Jornadas configuram-se como um espaço de estudo, mobilização e troca de experiências, de distribuição de sementes e alimentos, pautando o debate da importância do alimento saudável, da reforma agrária, da proteção do meio ambiente, da valorização da cultura camponesa, da viabilidade da produção familiar e ecológica.
A
programação, ainda em construção, inclui as seguintes atividades:
·
Marcha de
abertura
·
Grandes
conferências, sobre temas de relevância nacional e internacional
para o movimento agroecológico;
Aleida Guevara, em uma Grande Conferência,
numa das edições da Jornada.
numa das edições da Jornada.
·
Oficinas, sendo
entre 30 a 40 oficinas paralelas, que se repetem no segundo e terceiro dia da
jornada;
·
Seminários, sendo
de 4 a 5 seminários paralelos no período da tarde no segundo e terceiro dia;
·
Feira de
produtos e sementes agroecológicos, artesanais e da Reforma Agrária;
·
Atividades
culturais, em todas as noites, com apresentações de artistas
populares, esperado bailão da agroecologia, teatro, dança, música, poesia,
enfim, momentos destinados para a rica expressão da cultura popular e
camponesa;
Teatro de Bonecos na 11a. Jornada, em Londrina.
A XII Jornada de Agroecologia acontecerá de 24 a 27 de julho, construída com a contribuição da seguinte Comissão Organizadora: Via Campesina, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST, Comissão Pastoral da Terra-CPT, Terra de Direitos, Núcleo de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável-NADS, Grupo de Agroecologia de Maringá-GAAMA, Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana-CERAUP, Associação de Reflexão e Ação Social-ARAS, ASSESSOAR, Conselho Municiapl de Saúde, Diretório Central dos Estudantes da UEM-DCE/UEM, DCE/UEPG.
Sejam
todos e todas bem vindos!
Para saber mais:
- Link com entrevista de José Maria Tardin, da Escola
Latino Americana de Agroecologia/Via Campesina, na X Jornada (2011):
http://jornadaagroecologia.com.br/
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