Encerrou na sexta- feira, dia 2 de novembro, a
segunda etapa de Tempo-Escola/Universidade do curso de Pedagogia para
Educadores do Campo, parceria entre a Universidade Estadual de Maringá-UEM, em
parceria com o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Escola Milton Santos, com apoio do Programa
Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA). Os 31 educandos, de
comunidades de beneficiários da Reforma Agrária dos Estados do Paraná, São
Paulo e Mato Grosso do Sul, estavam em Tempo Escola/Universidade desde o dia 9
de setembro - tendo na UEM o espaço de estudo e pesquisa (salas de aula,
biblioteca, laboratórios e museu), e na Escola Milton Santos seus tempos e
espaços educativos, com a prática da auto-gestão, da convivência, do estudo e
do trabalho.
Esta
etapa teve vários momentos marcantes, dentre os quais podemos destacar:
1) Viagem
Pedagógica - II Festival de Artes das
Escolas de Assentamentos do
Paraná
De 07 a 10 de outubro, a turma de Pedagogia do
Campo esteve em Curitiba – Paraná, na atividade promovida pela Rede Escolas de
Assentamentos de Reforma Agrária-REARA. Participaram do evento cerca de 2 mil
estudantes de 50 escolas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A turma de Pedagogia para Educadores do Campo foi convidada a integrar-se à Comissão Organizadora do evento e iniciou os trabalhos já no dia 6 de outubro, nas atividades de secretaria do evento e monitoria (orientação e acompanhamento às escolas participantes).
A turma de Pedagogia para Educadores do Campo foi convidada a integrar-se à Comissão Organizadora do evento e iniciou os trabalhos já no dia 6 de outubro, nas atividades de secretaria do evento e monitoria (orientação e acompanhamento às escolas participantes).
Para mais informações sobre o festival, clique aqui.
2) Seminário “Clássicos da Pedagogia - Anton Makarenko”
No dia 19 de outubro o Coletivo de
Acompanhamento organizou o seminário com a professora e jornalista Cecília da
Silveira Luedmann, autora do livro “Makarenko, vida e obra: a pedagogia da
revolução”. A turma teve um intenso processo de preparação ao seminário, com
orientação da professora Dra. Marta Chaves, da disciplina de
Literatura e Linguagens, lendo e debatendo textos do autor.
A obra estudada e
debatida com a autora.
A professora resgatou o momento histórico em
que se produziu esta rica experiência pedagógica, bem como a trajetória pessoal
de Makarenko, elencando suas principais contribuições.
Anton Makarenko, Máximo Gorki e educandos da
colônia,
em 1928. Fonte: Associazione Italiana Makarenko.
em 1928. Fonte: Associazione Italiana Makarenko.
De acordo com o relato de uma das educandas da
turma:
“As contribuições de Makarenko vem de encontro a nossos anseios, no
sentido da preposição da escola coletividade, de uma formação integral do ser
humano nas suas dimensões, do trabalho como principio educativo e
principalmente de uma educação humanizadora e emancipadora da classe
trabalhadora. A escola precisa ser em todo seu tempo e espaço organizada para proporcionar
a criança uma educação humanizadora. É necessário pensar o ensino com
competência, disciplina e rigor, estes são elementos essenciais neste processo,
assim como a organização, o planejamento, a apropriação do conhecimento
científico, construído historicamente pela humanidade em busca de formar
sujeitos ativos, criativos e construtores da historia que em conjunto com
outros sujeitos faz e refaz a história”.
3)
Seminário “Complexos de estudo – Fundamentos da
experiência pedagógica e curricular da Escola Itinerante”
No dia
22 de outubro, o Coletivo de Acompanhamento organizou o seminário com o
professor e pedagogo Valter Leite, com o apoio da professora da disciplina de
Currículos e Programas Dra. Rosângela Célia Faustino. O professor
Valter destacou que “a escola não é preparação para a vida, mas está
nela, participa da vida e deve
desenvolver seu trabalho educativo considerando suas variadas dimensões. (...)
Entretanto, a ligação com a vida que se propõe não significa abandonar a
ciência, o conhecimento”.
O professor Valter Leite durante o seminário.
Para saber mais sobre as Escola Itinerantes, acesse o link.
Alguns
outros momentos marcantes da etapa estão registrados nas fotos abaixo:
Apresentação de balé - disciplina de Literatura e Linguagens.
Mística durante o tempo-formatura.
A turma com o professor de Questão Agrária, Elpídio Serra.
Mística de encerramento da etapa.
Sendo
um curso organizado em regime de alternância, os educandos iniciaram em seguida
o Tempo Comunidade, que é um
“tempo
de formação intencional que implica na reflexão
crítica sobre o que, como, para que e com quem se aprende. O Tempo Comunidade
se realiza por meio de projetos educativos, em que a educação deve estar
vinculada ao mundo vivido dos sujeitos e a um projeto de desenvolvimento
sustentável (PRONERA, 2012, p. 111)”.
Neste
Tempo Comunidade, os educandos tem tarefas de leitura dirigida, pesquisas de
campo e intervenções junto às escolas do campo, além de darem continuidade à
participação ativa na vida das comunidades e às suas atividades de camponeses
e/ou professores das escolas.
O
primeiro Tempo Escola/Universidade ocorreu nos meses de abril e maio deste ano;
serão 8 etapas no total, com previsão de encerramento no final de 2016.
PARA SABER MAIS SOBRE O CURSO DE PEDAGOGIA DO CAMPO UEM/PRONERA/EMS, CLIQUE AQUI
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