Segundo dados do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da
Educação-INEP/MEC, menos da metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos está
cursando o ensino médio; destes, em torno de 50% chega a concluí-lo. E 60% das
matrículas atuais são em cursos noturnos.
No campo a situação da escolarização da juventude é ainda
mais crítica: pouco mais de um quinto dos jovens na faixa de 15 a 17 anos está
freqüentando o ensino médio e há também muitas diferenças entre as regiões do
Brasil. Nas áreas de Reforma Agrária os dados são semelhantes. A Pesquisa
Nacional da Educação na Reforma Agrária-PNERA, feita pelo INEP em parceria com
o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária-INCRA, apontou que entre
as 8.679 escolas existentes em assentamentos, apenas 373 delas oferecem o
ensino médio[1].
Há uma significativa demanda a ser atendida. Segundo os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios-PNAD, de 2004, há em torno
de 6 milhões de jovens na faixa etária de 15 a 24 anos vivendo no campo. E a
PNERA nos indica que de uma população de 203 mil jovens existentes nos
assentamentos na faixa de 15 a 17 anos, aproximadamente 47 mil estão fora da
escola e dos que a freqüentam, são pouco menos de 28 mil os que estão no ensino
médio. Há, por sua vez, em torno de 500 mil estudantes na faixa etária de 7 a
14 anos e que representam uma demanda potencial para a escolarização de nível médio,
somando-se à população assentada acima de 18 anos, cujo número é superior a 1
milhão e 400 mil pessoas, e das quais apenas cerca de 92 mil concluíram o
ensino médio.
No Paraná existem hoje cerca de 20
mil famílias assentadas em 319 projetos de assentamentos, distribuídos em
diversos municípios do Estado. Aguardando a realização da reforma agrária estão
outras 6 mil famílias acampadas (em beira de estrada ou em fazendas
improdutivas).
A consolidação da
Escola Milton Santos contribui para criar uma referência positiva na Educação
do Campo, na Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável para Maringá e região.
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